Satsuma Gishiden. Crônicas dos Leais Guerreiros de Satsuma Volume 1

 

Opinião: Este mangá tem um início alucinante, impossível o leitor não ficar curioso para saber o quê e o porquê está acontecendo aquela cena inicial. Neste primeiro volume vamos ser apresentados à Satsuma uma cidade com vários samurais, com os tempos de paz eles ficaram sem ocupação e para viver começaram a trabalhar em ocupações comuns, mas o que um guerreiro que foi treinado desde jovem para a batalha de forma árdua não tem é um  temperamento para ficar fazendo serviços monótonos e repetitivos. Este mangá apesar de trazer como pano de fundo o tema "samurais", o foco principal da história é a politicagem, sendo rico em detalhes e abordagens históricas. O autor abre um leque muito grande de personagens e narrativas e tece a amarração, até este momento, de forma perfeita! Os combates são extremamente violentos, a arte de mangá é simplesmente incrível! A narrativa nos mostra a decadência dos samurais, a banalização da vida, o que o poder causa nas pessoas, revelando seu verdadeiro caráter. O autor revela o lado obscuro, pois há várias cenas em que o samurai mata apenas "porque ele pode", seu cargo permite que ele mate sem justificativa plausível. Seu viés político nos trás vários questionamentos e reflexões. 

             Para quem gostou de Gladiador e 300 e a série Spartacus é uma excelente pedida! O mangá está com um acabamento gráfico impecável, padrão Pipoca & Nanquim, com certeza é um dos melhores custo beneficio no mercado de quadrinhos.

        O único adendo é o rosto dos personagens, pois se o leitor não for atento pode confundir-se um com o outro, mas nada que prejudique a leitura. 

        Na minha opinião, este mangá é indispensável para qualquer colecionador, pois possui uma arte sensacional, lutas sangrentas, jogos políticos, conspirações e reviravoltas. Estou ansioso para iniciar os próximos volumes, torcendo para que se mantenha este mesmo nível nos próximos volumes.

Nota: 9,5

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Jeanine

 

Opinião: Nesta HQ vamos conhecer a história verídica de Jeanine uma idosa prostituta que até os dias em que essa obra foi lançada continua trabalhando. Jeanine é na verdade Argelina e viveu sua vida toda na França, vamos descobrindo ao longo desta excelente narrativa os motivos que levaram Jeanine a se tornar uma garota de programa, o lado ruim e o lado bom da profissão, através de um relato sincero e sem papas na língua da nossa protagonista. Matthias Picard desenhista desta obra retrata toda a trajetória rica em detalhes de Jeanine,  como ela se tornou campeã de natação, como resgatou refugiados no Camboja, o porquê foi presa na Alemanha em 1968. O autor nos mostra a abordagem inicial e as entrevistas com Jeanine entre uma história e outra. Jeanine é um quadrinho sobre uma prostituta, mas em nenhum momento temos uma cena de nudez, é uma obra para refletimos como temos paradigmas a seres quebrados, como certos tabus permanecem em nossa sociedade e como cada pessoa neste mundo tem uma história complexa e rica a ser relatada. 

Nota: 8,5

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A odisseia de Hakim Vol. 1 - Da Síria à Turquia

 

Opinião: Essa Hq é desenhada através do relato de um refugiado sírio chamado Hakim. Fabien Toulmé que é um exímio contador de histórias entrevista nosso protagonista e vai montando a trajetória do refugiado desde que partiu da Síria, deixando tudo para trás, pois a guerra é implacável. Todo o preconceito e horrores presenciados por Hakim, nos faz refletir que qualquer pessoa pode se tornar um refugiado, qualquer pessoa pode precisar de ajuda para sair de uma situação de extremo perigo, mas ao contrário do que se espera, nem sempre quem precisa de ajuda encontra empatia e apoio, o que vemos no relato de Hakim são as idas e vindas, a travessia, as mortes, a rejeição de muitos países. 

            Essa trajetória será narrada em um trilogia, nesse primeiro volume resenhado para vocês, Fabien narra os acontecimentos da partida da Síria à chegada na Turquia. É uma história envolvente, real e que em apenas 20 páginas lidas não queremos mais largá-lo. Estou aguardando ansiosamente o lançamento dos próximo volumes. É um quadrinho para todos os públicos, leitores ou não de quadrinhos, pois narra um pedaço da nossa história mundial. 

               Após a leitura refletimos que a ideia absurda de um governante pode afetar a vida de milhões de pessoas, como nossa vida e a paz devem ser sempre valorizadas, pois não temos certeza quanto tempo isso durará, hoje valorizo muito mais aquilo que possuo, um teto, um país sem guerra, após saber da história recente de Hakim sei que o que tenho é muito comparado a muitos outros. Super recomendo!

Nota: 10

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Gideon Falls Volume 01

 

Opinião: O Gideon Falls é simplesmente uma das melhores obras que você vai ler na sua vida, Jeff Lemire monstra sua total versatilidade ao escrever sua primeira HQ de terror/suspense. A história começa com a chegada de um padre em uma cidade chamada Gideon Falls, o padre é recebido por uma frequentadora assídua da igreja, ela é solicita em tudo menos em divulgar a causa da morte do padre anterior. Logo na primeira noite nesta cidade este padre passa por situações extremamente estranhas e perigosas e descobrimos que o padre que havia morrido está mais vivo do que nunca! Ocorre um assassinato e o padre novo da cidade acaba sendo levado pela polícia e fica preso, a partir dai senhoras e senhores ocorre uma sucessão de fatos que nos monstra o como a morte e a crueldade está presente nesta cidade.

        No meio de todo terror nosso padre descobre um grupo de pessoas que combatem o mal da cidade, a única pista que ele tem é o aparecimento de um celeiro misterioso, e paralelamente a isso conhecemos um jovem recluso aparentemente com problemas psicológicos que é obcecado em revirar e pegar lixo. O que esse jovem procura ? Qual é a origem deste mal ?  Quantas Gideon Falls existem ? O que é o celeiro ? Neste primeiro volume de Gideon Falls o autor nos dá mais perguntas do que respostas, é uma obra única, com certeza após você finalizar o volume ficará extremamente curioso para ter  o volume 2.             O roteiro, desenho e cores são magníficos, o acabamento da editora Mino está perfeito, para quem gosta de It a Coisa, Stranger Things ou da série Dark é uma grande pedida.

Nota: 10

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O soldador subaquático

 

Opinião: O Soldador subaquático é mais uma obra muito bem escrita e cheia de metáforas de Jeff Lemire. Ele conversa com o leitor por meio das relações que construímos de nossos pais, as fantasias que criamos e acreditamos a respeito deles e a montanha-russa que é esperar a chegada de um filho, o que trás tudo à tona. Será que acabamos repetindo os erros de nossos pais? Será que vamos nos tornar como eles? 

        Vários questionamentos e angústia são transmitidos ao leitor sobre a chegada do primeiro filho, para quem já passou por isso ou está pensando sobre o assunto é um prato cheio. A arte de Jeff Lemire não é das mais bonitas, porém é muito expressiva.

            Confesso que das três obras que já li do autor essa foi a que menos conversou comigo. Claro que cada um terá sua impressão de acordo com sua vivência como leitor, apesar da obra não ter me impactado tanto quanto "Nada a perder", por exemplo, ainda sim é um quadrinho com muitos méritos e de qualidade. Recomendo que leiam e tirem suas próprias conclusões.

Nota: 8,5

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Escrito nas estrelas?

Opinião:  Um romance chick-lit muito bem escrito, com situações e personagens bem desenvolvidos. A autora não focou apenas no romance água com açúcar, acima de tudo ela escreveu sobre uma protagonista que precisava amadurecer e se conhecer. O romance foi construído de maneira sólida, fazendo com que acreditemos no amor entre eles que surge a partir da amizade, diferente de muitas obras do gênero que a partir do momento que o casal se conhece só há drama e sexo. 

        Nanda é uma mulher de 21 anos, estagiária em um restaurante e na fase final da faculdade, escrevendo seu TCC (é enlouquecedor, só quem já passou sabe). Ela passou por término ruim com o namorado de 2 anos e agora precisa superar. É nesse momento que ela percebe um padrão em seus relacionamentos: todos os seus ex eram do signo de leão, então, Nanda decide não se envolver mais com leoninos, afinal esse é um signo que não combina com ela (pisciana). A partir desse fato ela cria um projeto para encontrar seu par perfeito, utilizando como base os astros. Nessa jornada Nanda aprenderá muito, seguindo uma direção oposta do que foi planejado e percebendo que as pessoas são mais do que o signo que possuem. 

        A obra está cheia de referência à cultura pop, aborda alguns pontos importantes sobre autoaceitação e autoestima. Uma leitura leve para te deixar com um sorriso no final da leitura. Você se sentirá lendo um livro da Sophie Kinsella, mas com cenários e atitudes brasileiras.

O ROMANCE ESTÁ DISPONÍVEL DE GRAÇA NO KINDLE UNLIMITED, AINDA NÃO É CLIENTE KINDLE UNLIMITED? ASSINE ATRAVÉS DO LINK ABAIXO:

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Nota: 8,7

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Eles nos chamavam de inimigo

 

Opinião: Mais um quadrinho sobre a Segunda Guerra Mundial que choca com a crueldade. Enquanto Grama (Pipoca e Nanquim, já resenhado no blog) trata das atrocidades que os japoneses fizeram com as mulheres nas "casas de conforto" espalhadas pelo território ocupado por eles durante a guerra. A obra "Eles nos chamavam de inimigos" (Devir) mostra a crueldade que o governo americano fez com os japoneses e seus descendentes que residiam nos EUA, ou seja, para os próprios estadunidenses com descendência japonesa.

            É um quadrinho autobiográfico da infância de George Takei (ator de vários filmes do Star Trek). Após o ataque surpresa a Pearl Harbor  o governo estadunidense bloqueia as contas bancárias, toma as casas e envia todos os japoneses, filhos e netos de japoneses para campos de detenção, alegando que havia "espiões" no país enviando informações ao Império Japonês. George Takei contextualiza a origem de seus pais, como foi essa retirada abrupta de sua casa, como os pais tentaram amenizar e não deixar transparecer a situação grave aos filhos pequenos. Com isso, vemos a visão de um garoto e sua família que se vê obrigada a viver em um campo de detenção, presa sem ter feito nada, assim como todas as famílias que foram para esse local, eles apenas eram nipo-americanos comuns. A família de George Takei morou não apenas em um, mas em dois campos de detenção. 

                Ao final da narrativa refletimos como a guerra é cruel, como a mesma história tem várias vertentes, os estadunidenses não são os heróis que junto com os aliados salvaram o mundo, eles também cometeram erros baseados no racismo (no caso desse história contra japoneses, nisseis e sanseis), na discriminação étnica. Reconheceram o erro? Leia a HQ e você descobrirá, tirando suas próprias conclusões sobre o tema. Vale muito a leitura, foi ganhados do prêmio Eisner, competindo com Grama. Uma HQ excelente, autobiográfica, que com certeza ao final da leitura te transformará. Recomendo!

Nota: 9,5

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O Ninguém

 

Opinião: Mais um quadrinho do Jeff Lemire espetacular! A obra trás uma versão de outra obra consagrada "O homem invisível" (H. G. Wells).

        Em uma cidade pacata chega um homem completamente enfaixado pedindo um quarto no motel. Logo as especulações do que aconteceu com ele para estar todo enfaixado, qual a índole que possui e o que ele faz o dia todo dentro daquele quarto de número 6 toma conta do imaginário da população. Vickie, uma garota de 16 anos, narra a passagem desse homem pela cidade e a amizade que os dois desenvolveram. O final é surpreendente e condiz com aquilo que é revelado do passado do personagem. Muito bom ! O acabamento gráfico como sempre está impecável. É uma leitura que te fisga do começo ao fim, querendo desvendar o mistério em torno do personagem.

Nota: 9

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As brumas de Avalon

 

Opinião: A lenda do rei Artur contada pelo ponto de vista das mulheres que conviveram com ele. Temos Morgana, Viviane (a senhora de Avalon), entre outras. É uma história cheia de magia, intrigas, política, guerras e injustiças. Vale a pena fazer o compilado de Brumas de Avalon e As Crônicas do Rei Artur (já resenhadas aqui no blog), para compará-las e decidir qual será a sua preferida.

        Para quem gosta de romance de cavalaria é um prato cheio. A história acompanha inicialmente, a mãe de Artur, quais tramas ocorreram para que ela gerasse o futuro rei, sendo que ela já tinha uma filha: Morgana. Após o nascimento de Artur acompanhamos um pouco da relação dele com a meia-irmã e a maneira abrupta que são separados. A partir daí temos um foco um pouco maior em Morgana e em Avalon. Até o momento em que os meio-irmãos se tornam jovens adultos e começam a conviver novamente. A autora trás uma perspectiva completamente nova para a lenda arturiana, principalmente por focar mais nos pontos de vista femininos e não apenas em batalhas. Considerando o ano em que foi escrito, a autora foi ousada ao propor uma narrativa toda baseada em protagonismo feminino.

           É uma obra envolvente que vale muito a pena a leitura, você viaja nas crenças de Avalon, torce e se decepciona na mesma medida. O final condiz com toda a trama e é satisfatório, não é romantizado onde todos acabam felizes, pelo contrário é um final que será lembrado por qualquer leitor durante muito tempo. É difícil decidir qual lenda prefiro, se essa ou as crônicas de Artur de Bernard Cornwell, pois as duas tratam os horrores do período, bem como as personagens tão conhecidas até hoje como Morgana, Merlin, Viviane, Lancelot, Guinevere e obviamente Artur. Recomendo as duas obras. Ótima leitura a todos!

Nota: 9

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Boa noite Punpun

Opinião: Boa Noite Punpun é uma história triste sobre depressão infantil, perdas, relacionamento abusivo e escolhas erradas. É um mangá que te instiga a continuar, mas não é fácil aceitar o que o personagem passa quando criança e o que reflete em sua vida adulta.

        Punpun é uma criança que se vê obrigada a lidar com os problemas familiares, presenciando cenas traumáticas para qualquer pessoa, com um pai alcoólatra, uma mãe problemática que dirá absurdos ao garoto durante o decorrer dos volumes e o tio materno que é uma figura no mínimo controversa, a namorada do tio então nem se fala (lembrando do que ela oferece à Punpun). Punpun e sua família são os únicos desenhados como pássaros, Punpun possui um "guia imaginário" que o garoto atribui como sendo um deus, funcionando como uma espécie de alter ego. Entendemos muito do que o personagem está sentindo pelas conversas com esse alter ego. Além de um bom desenvolvimento da história principal, o autor conseguiu desenvolver os personagens secundários dando maior amplitude à trama.

                É uma obra que quando você ler precisa estar com o emocional em ordem, pois a obra te puxa para baixo e te faz mergulhar na depressão de Punpun. Após a leitura de todos os volumes recomendo que leia algo leve de entretenimento para espairecer (veja algumas sugestões aqui no blog). Uma obra muito boa, com uma arte também muito bonita.

Nota: 8.5

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Uma luz no outono (livro 4 - As irmãs Shakespeare)

Opinião: Com certeza o meu favorito dos quatro livros! Nesse livro conhecemos a história da segunda irmã Shakespeare, Juliet, que tem uma filha pequena e está passando por um divórcio problemático. Ryan, um fotógrafo e pai solteiro muda-se para a casa ao lado e os dois iniciam uma pequena amizade, uma vez que seus filhos estudam na mesma sala e a filha de Juliet bate no filho de Ryan no primeiro dia de aula. Juliet está buscando sua independência administrando sua floricultura, disputando com o ex-marido os acordos do divórcio e se apaixonando aos poucos por Ryan. Em uma noite de pipoca com as crianças acontece o primeiro beijo, quando Juliet deixa a atração falar mais alta. O relacionamento deles é bem desenvolvido, sem a pressa que ocorre nos volumes 2 e 1. Os dois formam um casal muito fofo, dos quatro é o que mais me diverti e não queria largar, fazendo a leitura em 2 dias. Ao final da história do último casal a autora coloca um prólogo com o que aconteceu pouco tempo depois com os quatro casais da série. 

        Ranking dos 4 livros: 1º lugar - livro 4 - Uma luz no outono; 2º lugar - livro 3 - Uma surpresa na primavera; 3º ligar - livro 1 - Um verão na Itáia e 4º lugar - livro 2 - Um amor de inverno

    O problema de erros de português mencionado na resenha do livro 1, não acontece nos volumes 2, 3 e 4, o que torna a leitura desses volumes mais fluida e prazerosa. Essa história me deixou feliz ao fechar o livro, acredito que te deixará com o mesmo sentimento. Boa leitura! Deixe nos comentários por qual dos quatro você se apaixonou 💓

Nota: 8

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• Capa comum: 294 páginas
• Editora: Verus; Edição: 1 (23 de março de 2020)

Uma surpresa na primavera (livro 3 - As irmãs Shakespeare)

 

Opinião: Lucy é a irmã mais velha das quatro Shakespeare, advogada em um escritório na Escócia, ela é contratada por Lachlan, um empresário americano que busca solucionar um processo judicial entre ele e o meio-irmão, visando proteger sua herança: uma propriedade chamada Glencarraig, cheia de história e que está no clã da família por gerações.

    Lucy e Lachlan inicialmente possuem um relacionamento unicamente profissional, apesar de sentirem atração um pelo outro, conversam diariamente e desenvolvem uma amizade, ele na América e ela na Escócia. Em uma visita à propriedade da família Lachlan convida sua advogada para avaliar e traçar estratégias para vencer o caso. Em uma noite fria os dois acabam se envolvendo e precisam descobrir se conseguirão se relacionar a distância.

    Dos quatro livros da série esse foi o segundo da lista de que mais gostei, a personagem não é deslumbrada, trabalha, tenta controlar a própria vida e o casal foi melhor desenvolvido. É um ótimo livro para quem está precisando de um romance leve e que ao final deixa o coração aquecido. Como mencionado nas outras resenhas dessa série, os livros não precisam ser lidos na ordem, porém se você fizer isso receberá spoilers dos outros. Um boa leitura a todos, depois deixem nos comentários qual dos quatro foi o seu favorito. O meu vocês já devem ter deduzido por meio de eliminação 😉

 Nota: 7,5

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• Capa comum: 308 páginas
• Editora: Verus; Edição: 1 (20 de outubro de 2019)

Um amor de inverno (livro 2 - As irmãs Shakespeare)

 

Opinião: Com toda a certeza o livro mais fraco dos quatro. Não consegui me importar com a protagonista, achei os personagens mal construídos, logicamente essa é a minha opinião baseada na minha experiência de leitura, outros leitores podem gostar desse livro. Entretanto, o romance foi construído com base naquele famoso clichê da mocinha mais jovem, com um homem mais velho (com problemas de acessos de raiva) que lhe dá prazeres que ela nunca sentiu, achei tão batido, a trama bate muito nessa tecla. Eu sei que isso é algo característico em muitos romances de estilo "comédia romântica", que serve para entreter, porém esse não cumpriu esse papel como os outros três da série fizeram.

        Kitty Shakespeare é jovem, estudante de cinema em uma universidade em Los Angeles em busca de um estágio. Durante uma entrevista com um renomado produtor ela acaba sendo convidada para ser babá do filho dele durante os feriados de Natal. Quando estava chegando ao local, ela bate em um cervo e é socorrida por um homem muito bonito e mal humorado que a deixa na casa da família, um casarão no meio das montanhas. Durante sua estadia ela decide aproveitar ao máximo seu emprego como babá e depois tentar cogitar um estágio com seu patrão. Kitty acaba descobrindo que o homem que a auxiliou na estrada é Adam, irmão do seu chefe (consequentemente tio do menino que ela está cuidando). Adam é um renomado documentarista e está recluso na cabana que fica no mesmo terreno, porém do outro lado da floresta, pois teve uma briga com o irmão a pouco tempo atrás e em um acesso de raiva quebrou tudo, bateu no irmão, o que gerou um problema com a polícia e um acordo para que ele controlasse sua raiva com terapia. Kitty precisará de um favor de Adam e ela começará a enxergá-lo de outra maneira, quebrando a imagem da primeira impressão.

        Como dito acima, não foi um livro que funcionou muito bem para mim, porque muitas situações eram tão simples de serem resolvidas conversando. Entretanto, convido a todos para lerem e tirarem suas conclusões, e se quiserem, comentar aqui abaixo o que acharam (com educação e argumentos, por favor)

Nota: 5

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Um verão na Itália (livro 1 - As irmãs Shakespeare)

Opinião: Cesca Shakespeare é a terceira de quatro irmãs. Sua vida está um caos, trabalhando em empregos que não gosta (sendo demitida de todos eles), com aluguel atrasado e sem dinheiro. Ela se recusa a pedir ajuda a alguma das irmãs que estão espalhadas pelo mundo cuidando de seus próprios problemas. Cesca é a única delas que permaneceu em Londres, quando era mais jovem escreveu uma peça de teatro premiada, porém sua estréia foi um desastre com a partida do ator principal Sam tornando-o seu inimigo. Desde então ela não consegue mais escrever, está com um bloqueio artístico a anos. Seu padrinho que possui amigos influentes lhe arruma um emprego em uma villa na Itália, onde ela precisa apenas cuidar da casa e manter as coisas em ordem até o retorno dos caseiros. Ela aceita (obviamente, quem não aceitaria não é mesmo?), mas descobre que os donos da casa são os Carlton, sendo um deles seu arqui-inimigo Sam Carlton, que atualmente é um ator muito famoso em Hollywood, sempre aparecendo nas manchetes e artigos de fofocas. Apesar dessa informação ela decide permanecer e fazer seu trabalho, afinal ninguém da família chegaria na casa no período que ela estivesse lá. Em uma noite, quem chega de surpresa? Sam Carlton, seu inimigo, quem ela odeia por ter destruído seus sonhos de ser roteirista. Sam e Cesca começam a conviver na mesma casa, entre brigas e momentos de trégua. 

        É um romance típico de comédia romântica, nós sabemos onde vai acabar, porém gostamos dos clichês que o livro trás. O livro cumpre o papel dentro do gênero, ou seja, entretêm, nos faz rir e só. Algo que me incomodou bastante nessa edição foram os erros de português (ortografia ou concordância). Esse problema ocorreu apenas nessa volume, li os três seguintes e não observei nada relevante, como ocorreu nesse. Vale a pena? Para quem gosta do gênero, para divertir, é uma leitura rápida que deixa uma sensação de alegria, assim como quando lemos qualquer livro chicklit, bom para quebrar uma leitura pesada.

            SPOILER DA RESENHA: Não foi o meu favorito da série, em breve vocês descobrirão qual foi, a medida que publicar os próximos.

        Acompanhem, pois em breve colocarei a resenha dos outros três livros dessa série. (OBS: A série não precisa ser lida na sequência, pois são arcos fechados, porém um spoiler ou outro você receberá se lê-los fora de ordem)

Nota: 7

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• Capa comum: 280 páginas
• Editora: Verus; Edição: 1 (5 de junho de 2018)

Paracuellos

Opinião: Uma excelente leitura para apreciadores de historias autobiográficas, Carlos Giménez relata em historias curtas e dinâmicas a triste realidade dos meninos que moram no abrigo do auxilio social da Espanha após a segunda guerra mundial. É incrível como no decorrer da leitura vamos nos afeiçoando aos personagens que são construídos de maneira complexa e sem pressa pelo autor. Em cada desenho os sentimentos dos personagens são retratados com maestria nos rostos de cada um, cada face é carregada dos sentimentos que ele está passando naquele momento. A leitura dessa obra será lenta, mas profunda levará muitos leitores à zona de desconforto, pois a mesma aborda um tema pesado e sua narrativa é de forma direta mostrando cenas que vão com certeza despertar sua revolta com o que está acontecendo. É uma obra que deve estar em qualquer estante de um colecionador, um material excepcional que reúne roteiro e arte excelentes, o acabamento gráfico está impecável.

Nota: 9,5

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