9 Quadrinhos sobre a Segunda Guerra Mundial para se ler em 2021

 9 Quadrinhos sobre a Segunda Guerra Mundial para se ler em 2021

A Segunda Guerra Mundial foi um marco na história moderna, com isso, temos obras que abordam de diferentes maneiras o tema, com base histórica ou autobiografias, estes quadrinhos são leituras que trarão novas perspectivas sobre o tema, fugindo do conteúdo engessado que aprendemos, percebendo como a história é um fluxo de acontecimentos e de ações humanas. Confiram nossas resenhas clicando nos links abaixo de cada obra.

Maus 

A história de um sobrevivente dos campos de concentração. 

Resenha: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/05/maus.html

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Destino adiado

Perspectiva interessante de um fugitivo, ao final temos a compreensão do título. Arte espetacular!

Resenha: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/o-destino-adiado.html

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Grama

Impactante e revoltante do início ao fim! Um lado da Segunda Guerra que vale a pena conhecer. Uma coreana que foi vendida como escrava sexual.

Resenha: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/07/grama.html

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Eles nos chamavam de inimigo

Como os descendentes de japoneses foram tratados nos EUA durante o período da guerra.

Resenha: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/09/eles-nos-chamavam-de-inimigo.html

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Gen Pés Descalços 

Fatos posteriores à queda da bomba atômica e o fim da guerra no Japão.

Resenha: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/11/gen-pes-descalcos.html

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Berlim

Uma aula de história sobre a cidade alemã e os anos que antecedem a Segunda Guerra Mundial

Resenha:  (Em breve)

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Recado a Adolf 

Uma obra prima de Osamu Tezuka - SENSACIONAL! A história de 3 Adolfs (um judeu, um nazista e o próprio Adolf Hitler) e como a história dos três se conectam.

Resenha: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/11/recado-adolf-volume-01.html

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Marcha para a morte

E se você fosse para a guerra sabendo que sua missão é suicida? Uma narrativa de um pelotão japonês.

Resenha: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/11/marcha-para-morte.html

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Heimat 

A linha genealógica de uma alemã que descobre que seus antepassados eram nazistas

Resenha: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/heimat-ponderacoes-de-uma-alema.html

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Gen Pés Descalços

 

Opinião: Um mangá que deveria ser obrigatório na escola, simplesmente Gen Pés Descalços com certeza vai levar você a rever todos os seus conceitos enquanto ser humano. Uma obra que rompe a barreira do papel, fazendo com que você seja um expectador de uma narrativa extremamente triste e realista. O autor Keiji Nakazawa usa o personagem Gen como seu alter ego, a história se passa no final da segunda guerra mundial, a família de Gen é considerada anti-patriota, pois o pai de Gen é totalmente contra a guerra, o que leva a sua família ser discriminada pela sociedade que está totalmente alienada com a guerra. 

    Gen passará por vários momentos de discriminação, fome e principalmente morte, nosso protagonista demostra ter um imenso senso de justiça e bondade apesar dos momentos de dificuldades. Neste mangá toda cena é demostrada sem filtro algum, ou seja, o autor reproduziu as cenas mais fielmente possível, conforme ele mesmo vivenciou neste período.

    Há vários pontos relevantes na história, como uma sociedade reprime sua opinião e aceita a doutrina de um governo sem questionar, esse governo espalha mentiras para controlar a sociedade, e como sempre, em momentos mais difíceis quem passa mais necessidade e morre é a população mais pobre, sendo que esta população nem ao menos teve a oportunidade de se expressar, de ter uma chance para sobreviver.

    Esta é mais uma obra que ratifica o motivo para não haver mais guerras, nesta pequena resenha não abordei nem 20% da magnitude desta obra, a obra completa possui dez volumes. É umas das melhores leituras que uma pessoa pode fazer na vida.

Nota: 10

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Abaixo o link de algumas resenhas de mangás:

Ayako: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/ayako.html

Dororo: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/07/dororo-vol-1-2-3-e-4.html

Recado a Adolf: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/11/recado-adolf-volume-01.html

Virgem depois dos 30: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/virgem-depois-dos-30.html

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Marcha para a morte

 

 Opinião: Mangá que aborda o exagero de honra e os absurdos da Segunda Guerra Mundial. Acompanhamos um grupo de soldados nipônicos enviados em uma missão suicida, cientes do que iria acontecer, mas incapazes de questionar as ordens superiores, levando sempre em consideração a honra de servir ao país, que se voltassem para casa vivos isso seria de grande vergonha para toda a família, pois mostraria que eles não foram corajosos em morrer pela guerra, sendo executados caso voltassem para casa e desobedecessem ao comando. Durante todo o período em que eles passam no acampamento vemos diversas emoções: o entusiasmo, a diversão, a melancolia, o desespero e por fim desesperança. É um mangá excelente de Shigeru Mizuki, baseado em fatos reais, na experiência vivida pelo autor durante a guerra. Percebemos a crítica implícita pelo autor, por abordar os absurdos da guerra, a mentalidade militar em não se importar em sacrificar companheiros e o estrago que qualquer guerra acarreta em todo o mundo. Foi vencedor do prêmio de Legado do Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême, do prêmio de Melhor Trabalho Baseado em Fatos Reais e do prêmio Eisner. É mais uma obra que aborda o tema por uma nova ótica, a leitura é rápida e possui cenas muito expressivas. Vale a pena adquirir para completar sua coleção da Segunda Guerra.            

Nota: 9

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Abaixo o link de algumas resenhas de mangás:

Ayako: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/ayako.html

Dororo: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/07/dororo-vol-1-2-3-e-4.html

Recado a Adolf: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/11/recado-adolf-volume-01.html

Virgem depois dos 30: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/virgem-depois-dos-30.html

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Recado a Adolf Volume 01

 

Opinião: Um mangá único, é complicado usar o termo leitura obrigatória, pois cada pessoa lê o que quiser, mas com certeza esta obra deveria ser apreciada por qualquer leitor. Osamu Tezuka se mostra genial novamente nesta incrível história que vai te prender do inicio ao fim. O mangá se trata da história de três personagens chamados Adolf, dois meninos, sendo que um deles é judeu e o outro é filho de um oficial do partido nazista (impossível não associar com o livro  "O menino do pijama ilustrado"). O terceiro personagem é o próprio Adolf Hitler. Nosso protagonista desta história se chama Souhei Touge, um jornalista que se atrasa ao encontro com o seu irmão e quando chega ao apartamento encontra o local totalmente revirado e ao olhar pela janela vê que seu irmão foi morto e arremessado, com o corpo jazido em uma árvore. Touge começa a investigar o assassinato do irmão, passando a ser sua única ambição na vida, logo após as primeiras horas do assassinato todas as pessoas a sua volta afirmam que o irmão de Touge nunca morou na Alemanha, nosso protagonista percebe que está entrando na maior cilada de sua vida, pois começa a ser perseguido, torturado e humilhado em diversão ocasiões. Apesar disso, o segredo do irmão ainda não está perdido e Touge vai fazer o que for necessário para descobrir e proteger este mistério que cerca a morte do irmão, sendo esta mensagem o maior segredo do terceiro reich. A revelação pública desta informação trará a ruína imediata do nazismo. 

            Bom caros leitores, maiores informações sobre essa obra tiraria muito a experiência de leitura, mas não vá achando que o repórter protagonista é o santo da história, pelo  contrário, ele também vai ao extremo para conseguir o que quer. 

Nota: 10

Abaixo o link de algumas resenhas de mangás do mesmo autor:

Ayako: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/06/ayako.html

Dororo: https://resenhasnonaarte.blogspot.com/2020/07/dororo-vol-1-2-3-e-4.html

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Eles nos chamavam de inimigo

 

Opinião: Mais um quadrinho sobre a Segunda Guerra Mundial que choca com a crueldade. Enquanto Grama (Pipoca e Nanquim, já resenhado no blog) trata das atrocidades que os japoneses fizeram com as mulheres nas "casas de conforto" espalhadas pelo território ocupado por eles durante a guerra. A obra "Eles nos chamavam de inimigos" (Devir) mostra a crueldade que o governo americano fez com os japoneses e seus descendentes que residiam nos EUA, ou seja, para os próprios estadunidenses com descendência japonesa.

            É um quadrinho autobiográfico da infância de George Takei (ator de vários filmes do Star Trek). Após o ataque surpresa a Pearl Harbor  o governo estadunidense bloqueia as contas bancárias, toma as casas e envia todos os japoneses, filhos e netos de japoneses para campos de detenção, alegando que havia "espiões" no país enviando informações ao Império Japonês. George Takei contextualiza a origem de seus pais, como foi essa retirada abrupta de sua casa, como os pais tentaram amenizar e não deixar transparecer a situação grave aos filhos pequenos. Com isso, vemos a visão de um garoto e sua família que se vê obrigada a viver em um campo de detenção, presa sem ter feito nada, assim como todas as famílias que foram para esse local, eles apenas eram nipo-americanos comuns. A família de George Takei morou não apenas em um, mas em dois campos de detenção. 

                Ao final da narrativa refletimos como a guerra é cruel, como a mesma história tem várias vertentes, os estadunidenses não são os heróis que junto com os aliados salvaram o mundo, eles também cometeram erros baseados no racismo (no caso desse história contra japoneses, nisseis e sanseis), na discriminação étnica. Reconheceram o erro? Leia a HQ e você descobrirá, tirando suas próprias conclusões sobre o tema. Vale muito a leitura, foi ganhados do prêmio Eisner, competindo com Grama. Uma HQ excelente, autobiográfica, que com certeza ao final da leitura te transformará. Recomendo!

Nota: 9,5

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Paracuellos

Opinião: Uma excelente leitura para apreciadores de historias autobiográficas, Carlos Giménez relata em historias curtas e dinâmicas a triste realidade dos meninos que moram no abrigo do auxilio social da Espanha após a segunda guerra mundial. É incrível como no decorrer da leitura vamos nos afeiçoando aos personagens que são construídos de maneira complexa e sem pressa pelo autor. Em cada desenho os sentimentos dos personagens são retratados com maestria nos rostos de cada um, cada face é carregada dos sentimentos que ele está passando naquele momento. A leitura dessa obra será lenta, mas profunda levará muitos leitores à zona de desconforto, pois a mesma aborda um tema pesado e sua narrativa é de forma direta mostrando cenas que vão com certeza despertar sua revolta com o que está acontecendo. É uma obra que deve estar em qualquer estante de um colecionador, um material excepcional que reúne roteiro e arte excelentes, o acabamento gráfico está impecável.

Nota: 9,5

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Grama

Opinião: Um quadrinho que emociona, revolta e nos trás muitas reflexões sobre nossa sociedade e o que é ser humano. A autora de Grama entrevista Ok-sun Lee, sobrevivente da guerra, na infância era proibida de frequentar a escola por dois motivos: a família era muito pobre, passavam fome e o segundo motivo era que apenas os meninos poderiam ir à escola e ela era menina, a prioridade que a mãe lhe impunha era de cuidar dos irmãos. Por conta da situação financeira de extrema pobreza, uma dia a mãe lhe "vende" para um homem que promete cuidar de Ok-sun Lee e levá-la para a escola. Esse homem era dono de um restaurante e obviamente não a levou para a escola, a maltratava e a fazia trabalhar muito, após se recusar a fazer um "serviço" para um cliente ela é vendida novamente para outro restaurante e a situação é muito parecida ou até pior. Um dia ela é enviada para buscar algo e quando estava voltando dois homens sem dizer nada, apenas a raptam e a jogam em um caminhão junto com outras mulheres, Ok-sun Lee tinha 15 anos quando isso aconteceu. Descobrimos que as mulheres que estavam no caminhão estavam ali por motivos diferentes, algumas foram vendidas, outras raptadas, outras foram com a promessa de emprego. O destino dessas mulheres é cruel, são levadas e espalhadas em "Casas de Conforto", casas estas construídas pelo exército japonês para "satisfazer" seus soldados. A autora conta a história, mas não utiliza de cenas explícitas de estupro ou qualquer outra violência, nesses momentos ela coloca algo desfocado, quadro inteiro preto, passando a sensação da visão da vítima, ao fechar os olhos por exemplo ou as lágrimas embaçando sua visão. Além disso, a narrativa intercalada com a entrevista feita pela autora nos faz perceber que mesmo tudo o que esta mulher passou ela tem muita vontade de viver, tornando-se um ativista. Esse é um recorte cruel da guerra que se reflete até hoje, as sobreviventes dessas atrocidades buscam por justiça até hoje, a Coréia do Sul e o Japão assinaram um tratado em relação a isso, mas em nenhum momento chamou as vítimas, assumiu e se desculpou. Como disse inicialmente é revoltante, um recorte que particularmente eu desconhecia, e pensar que em pleno 2020 ainda há tráfico de mulheres, rapto, violência, com essa reflexão não posso deixar de agradecer a editora Pipoca e Nanquim por ter publicado essa obra, são fatos que não podem ser simplesmente esquecidos, não podemos mais repetir essas atrocidades, não podemos mais viver em um sistema patriarcal que diminui o sexo feminino e o vê como objeto ou posse, afinal não deveríamos todos ser tratados com respeito e igualdade? Uma HQ ao lado de Maus e Persépolis, NECESSÁRIA a qualquer pessoa, leitor ou não de histórias em quadrinhos. 

Nota: 10

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• Capa dura: 492 páginas
• Editora: Pipoca e Nanquim (21 de julho de 2020)

Boca do Diabo

Opinião: Sabe aquele quadrinho que quando acaba você quer discutir com alguém sobre o que acabou de ler? Boca do Diabo é esse quadrinho. O quadrinho inicia com a infância de um garoto órfão com lábio leporino que por conta dessa característica ganha o apelido de "Boca do Diabo", entre tantos outros apelidos. Após a segunda guerra mundial esse jovem ucraniano é recrutado e treinado pelo serviço secreto soviético, tornando-se um espião nos Estados Unidos. Nos EUA opera sob o codinome Billy Budd, trabalhando nas missões que seus chefes soviéticos lhe designam e ao mesmo tempo trabalha como operário em cima de arranha-céus para manter o disfarce. Billy desenvolve uma forte amizade com um outro operário (um índio), começa a namorar uma americana e começa a querer se livrar de seus chefes... E o final só lendo para entender, não direi mais nada para não estragar a leitura de ninguém.  A narrativa é bem construída, a arte muito bonita, observando a capa não entendi o porquê dessa imagem, mas quando cheguei a essa cena dentro do quadrinho fez todo o sentido. Boa leitura!

Nota: 9

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• Capa comum: 128 páginas
• Editora: Comix Zone; Edição: 1ªª (26 de junho de 2020)

Minha coisa favorita é monstro - Livro 1

Opinião: Quadrinho com uma arte de tirar o fôlego, feita manualmente com caneta em folhas de caderno. A história é contada em primeira pessoa por Karen, uma menina de dez anos apaixonada por histórias de terror, se autodenominando uma monstrinha, sendo assim retratada durante todo o quadrinho em formato de diário como uma lobisomem. No prédio onde Karen mora sua vizinha, a senhora Anka - sobrevivente do Holocauto - morre e a pequena Karen resolve investigar sua morte, descobrindo diversos segredos sobre Anka, sobre seu próprio irmão e sobre o marido de Anka. O quadrinho acaba com um gancho que nos deixa curiosos para sabermos o desfecho da história que só descobriremos no lançamento do volume 2. Inicialmente pode parecer uma história rasa e infanto-juvenil, porém a medida que a história avança os personagens são aprofundados e explorados de uma maneira que faz com que o leitor não consiga largar a obra até concluí-la. Esse quadrinho foi ganhador do Prêmio Eisner nas categorias Melhor álbum do ano, Melhor roteirista/desenhista e Melhor colorista. .

Nota: 10

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• Capa comum: 416 páginas
• Editora: Quadrinhos na Cia; Edição: 1 (11 de março de 2019)
• Idioma: Português

Destino adiado

Opinião: Uma história sobre a Segunda Guerra Mundial contada de uma maneira única, com uma arte de tirar o fôlego. Na história de Jean-Pierre Gibrat conhecemos Julien que foi alistado para lutar na guerra, porém pula do trem e foge, voltando para sua vila na França. Entretanto, se todos souberem que ele voltou ele será acusado por deserção, então se esconde em uma casa abandonada e a partir daí começa a observar a rotina da cidade e sua amada que trabalha no café em frente a casa em que se esconde, porém logo os soldados alemãs chegam à pequena vila e novamente nosso protagonista toma outros rumos, chegando a um final surpreendente. Esta resenha será sucinta, pois qualquer informação a mais passada aqui poderá estragar sua experiência de leitura. O acabamento gráfico realizado pela editora Pipoca e Nanquim é de extremo capricho. Um quadrinho ótimo para presentear a si mesmo ou a alguém que você goste muito. 

Nota: 10

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• Capa dura: 132 páginas
• Editora: Pipoca e Nanquim (29 de fevereiro de 2020)
• Idioma: Português
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O Relatório de Brodeck

Opinião: Compre o mais rápido possível, obra impecável, do inicio ao fim vai te prender. O quadrinho é baseado em um livro de mesmo nome. Na história conhecemos Brodeck, recém chegado do campo de concentração após o término da Segunda Gerra Mundial. Ele volta a seu povoado e por ser um escrita faz relatórios sobre o que acontece com esse povoado. Entretanto, surpreende-se ao chegar no armazém e encontrar todos os moradores da aldeia reunidos ao redor de um corpo. Diante da cena ele é obrigado a escrever seu relatório, iniciando uma investigação, descobrindo fatos horrorosos sobre alguns moradores, ou por praticarem atos horríveis ou por serem omissos a tudo o que acontece. A obra nos leva a refletir o porque tomamos atitudes impulsivas baseadas no medo, como temos a falsa crença que quando acontece algo horrível (mas que não nos afeta) está tudo bem, "porque não foi comigo, o problema não é meu". Quem ler essa obra especial se auto questionará como podemos nos tornar pessoas melhores, rompendo preconceitos, buscando conhecer verdadeiramente as pessoas, deixando de lado nossa arrogância, nosso olhar superior ou pejorativo para quem é diferente ou não se comporta da maneira que julgamos adequada. A obra apresenta várias passagens únicas, a passagem mais marcante é a do padre com opinião que contradiz com o seu oficio. O acabamento gráfico da obra é espetacular, simplesmente uma obra de arte.

Nota: 10

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• Capa dura: 332 páginas
• Editora: Pipoca e Nanquim (17 de dezembro de 2018)
• Idioma: Português
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Heimat: Ponderações de uma alemã

Opinião: Nora, uma alemã, nos traz esse quadrinho (ou livro ilustrado), fazendo um resgate da história de sua família, uma vez que ela própria por ser alemã passou por algumas situações desagradáveis de preconceito, como por exemplo ao descobrirem sua nacionalidade cumprimentá-la com "Hi Hitler", a medida que Nora passa por isso há uma rejeição de sua origem, fazendo com que ela busque informações sobre sua família e compondo a árvore genealógica paterna e materna, em meio a tantas histórias ela descobre coisas a respeito do passado de seus avós que deixa Nora e o leitor chocados. Uma leitura que inicialmente mostra-se despretensiosa, porém a medida que avançamos nos envolvemos com a história da família da autora, nos deslumbramos com o belo trabalho gráfico e de pesquisa, com as fotos antigas coladas ao longo da obra nos apresentando quem foram as pessoas. Além disso, a autora ainda coloca nas duas contracapas as árvores genealógicas, uma da família de seu pai, e na outra a da família de sua mãe, caso o leitor sinta-se perdido pode recorrer a consulta. Um trabalho de pesquisa muito bem elaborado, fará com que cada leitor perceba a importância de conhecermos nossa história familiar, pois ela auxilia na construção de nossa identidade. Ao final da leitura ficamos com vontade de realizar uma pesquisa profunda sobre nossos antepassados para descobrirmos os segredos varridos para debaixo do tapete ao longo dos anos. Será que estaríamos preparados para todos os esqueletos dentro do guarda-roupa?

Nota: 9.5

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• Capa comum: 288 páginas
• Editora: Quadrinhos na Cia; Edição: 1 (10 de novembro de 2019)
• Idioma: Português
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Maus

Opinião: Um quadrinho de grande valor histórico, deveria ser obrigatório nas escolas. A obra que mostra os horrores de uma guerra do ponto de vista de quem sobreviveu ao Holocausto - um judeu polonês, nos fazendo refletir o que o preconceito e o fanatismo pode trazer para uma sociedade. Durante a leitura enquanto acompanhamos a história de vida de Vladek Spiegelman percebemos o reflexo de tudo o que ele passou em seu comportamento atual. É uma história perturbadora, porém você não conseguirá largá-la até chegar ao final. Para quem tem preconceito com histórias em quadrinhos esse é um quadrinho ótimo como porta de entrada,. Por favor LEIAM ! Vocês não irão se arrepender!

Nota: 10

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• Capa comum: 296 páginas
• Editora: Quadrinhos na Cia; Edição: 1 (24 de junho de 2005)
• Idioma: Português
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