Opinião: Mais uma obra de Jeff Lemire que me surpreendeu. Em Royal City apesar de encontrarmos o tema mais abordado pelo autor, drama familiar e cidade do interior, ele consegue nos fisgar com uma trama empática, em algum momento nos identificamos com alguma situação ou personagem, acredito que este seja um dos elementos do sucesso do autor, tramas que tratam principalmente da essência humana, personagens nem bons nem maus, cheio de defeitos e erros que os assombram.
Royal City é uma cidade que antigamente já foi muito próspera, mas hoje a principal fonte de renda da maioria das pessoas é a fábrica da cidade que não gera mais tanta riqueza como em outrora. O clima da cidade é logo nos apresentado com um sentimento de estranheza e mistério. Nesta cidade temos a família Pike, o pai da família sofre um derrame no início da HQ, ficando em coma e a partir disso começamos a conhecer aos poucos cada um dos membros desta família. Temos a misteriosa morte do filho mais novo Tommy, a única pista que teremos neste primeiro volume é a idade e o ano de sua morte - 1993 - pois ao final do primeiro capítulo temos a lápide dele e fazendo o cálculo descobrimos quantos anos ele tinha quando faleceu. Tirando este fato, não sabemos ao certo quais foram as circunstâncias de sua morte. Ao longo de toda a narrativa os irmãos e os pais de Tommy Pike interagem com ele, mas cada um o vê de uma maneira diferente, e é isso que será interessante observarmos a interação e a projeção que cada irmão, mãe e pai faz a respeito dele. Como a morte de alguém jovem e próximo altera toda a dinâmica familiar, como isso nos marca profundamente e a maneira que escolhemos nos lembrar desta pessoa. Ao final, a história acaba com um encontro que nos deixa muito curiosos para saber qual será o desenrolar da história e qual será o mistério envolvendo a cidade e a morte de Tommy.
A obra está sendo publicada pela editora Intrinseca e finalizará em 3 volumes ao todo.
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ResponderExcluirOlá. Gostei muito do HQ. Achei que os outros volumes não tinha ainda sido publicados, mas foram. Agora curiosa pelo desenrolar da história.
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